CinemaCultura

John Wick 3: Parabellum

Quais as minhas expetativas para o John Wick 3? Com o segundo filme a fechar com a promessa de uma caça apertada e global ao lendário John, esperava muitas cenas de acção (ou de pancadaria, tal o estado em que fica quem enfrenta o assassino interpretado por Keanu Reeves), com uma qualquer proposta e escapatória que terminaria com Wick e a sua valiosa cabeça fora de ameaça e livre para usufruir de uma reforma de assassino, acompanhada do seu canito.

Mas… Nada disso! Este terceiro filme, com o nome Parabellum que significa, em Latim, “Preparação para a guerra”, termina com um John ainda mais irritado e determinado.

John Wick, agora exonerado, mas com as melhores técnicas da High Table nas mãos, mergulha numa viagem para provar que é merecedor de uma nova oportunidade e voltar a ser um simpático reformado. Puxando uns cordelinhos, e por vezes um cinto, John traça um caminho carregado de novas mortes a todos os que procuram os milhões que este vale. A ação apresenta-nos mais detalhes da High Table, que se torna uma entidade ainda mais preponderante neste filme, ao ponto de a podermos considerar como o atual inimigo de Wick, e não todos os que a servem.

Este terceiro episódio está brilhantemente construído no que concerne às sequências de ação, com uma continuidade magnífica, na qual até os detalhes do som são perfeitos, adaptados ao ambiente.

As cenas mais icónicas são um confronto que surge num estábulo, a cavalo, com uma participação especial de amigos de quatro patas, e um dos takes finais, onde o continuista nos espeta na cara com John a carregar uma cartucheira, bala a bala, para aqueles que gostam de criticar a contagem de tiros nos filmes! E não há mortes de um tiro só, porque isso é para filmes de assassinos fraquinhos.

Outro momento memorável é uma luta numa divisão cheia de vidros, vitrines e imensas luzes nos prédios circundantes: bri-lhan-te! Literalmente!

O que mais me encanta nesta saga é precisamente a beleza da continuidade, a capacidade de nos inserir nas cenas e dar total perceção dos espaços, sem erros. Se houve tiros e é suporto haver marcas numa qualquer superfície, elas vão lá estar. Se há danos a provocar, eles vão acontecer connosco a ver.

Não há voids, não há atrapalhanço. Só ação pura e dura, e a promessa de mais destes ingredientes no próximo capítulo.

Ahhh e o canito continua bom de saúde e responsável, a par da memória de Helen, a réstia de humanidade que permanece em John.

Em conclusão, John Wick 3 é um filme excelente, que eleva o estilo da categoria do franchise a cada lançamento. A alternância entre as cenas de John em luta e outros personagens determinantes, equilibra a trama de forma serena e não existe qualquer fase do filme que eu pessoalmente mudaria ou possa classificar como inferior. Surpreendido e ansioso por John Wick 4.

John Wick 3: Parabellum

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Cinematografia de excelência
  • Continuidade
  • Transferência de cenas entre o John e os restantes personagens

Contras

  • Algumas personagens da High Table são pouco marcantes
Previous post

NZXT HUE2 RGB Ambient Lightning Kit [Controlador RGB]

Next post

QNAP lança o Sistema Operativo QES 2.1.0

Luís Alves

Luís Alves

Cargo: Chief Executive Officer (CEO)
Naturalidade: Santa Maria da Feira

Sou o moda’a’foca original, um dos guru do modding e tecnologia em Portugal. Desde novo autodidata, sempre gostei de criar, inventar e inovar. Na base tecnológica gosto além do modding, de sistemas de refrigeração a água, hardware e um novo fascínio pela impressão 3D. Considero bastante importante a partilha de conteúdos e conhecimentos.

Desde Abril de 2014 podem também me encontrar na Rubrica PLUG da revista PCGuia todos os meses, a escrever sobre modding, refrigeração a água, pc build e overclocking.

Em Julho de 2017 fundei as Hashtag Dondoca, um projeto sobre saúde mental, agricultura, minimalismo e sustentabilidade, onde sou diretor artístico.

Atualmente no 5º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica na FEUP (especialização Automação), licenciado em Engenharia Mecânica pelo IPV. Trabalhei durante 6 anos como Engenheiro de Processo na área de semicondutores, para clientes no mercado automóvel e de consumo.