Unholy
Introdução
Data de Lançamento: 20 de julho de 2023
Plataformas: Windows, PS5 e Xbox Series S e Series X
Desenvolvedor: Duality Games
Preço: 29,99€
Descrição: Em Unholy da Duality Games abre as portas entre a realidade do teu dia a dia e um mundo negro, enquanto desvendas o mistério do teu filho desaparecido. Explora os dois mundos à procura de pistas, resolve puzzles e decide de te infiltras ou lutas inimigos brutais, dum universo aberrante.
Metodologia
Género: Aventura, Acção
Modo: Single Player
Condição de Vitoria: Jogar durante 4 horas.
Gameplay Overview: Unholy é um jogo na primeira pessoa, com um tema muito sombrio, que nos coloca no papel duma mãe desesperada em encontrar o seu filho. Logo nos primeiros minutos percebemos que o tema de cultos se mistura com forças negras duma forma bastante complexa.
Análise
Os gráficos são bastante atuais, mas existem algumas fases mal otimizadas, que chegaram a fazer a minha RTX 3060 tremer do nada, mas isso são detalhes que em pequenos patch vão sendo corrigidos.
Em termos de investigação o jogo atira-nos com elementos visuais, sonoros e algumas pistas que nos entregam um pouco de história em conjunto. Em vários momentos terão de pensar para perceber o próximo passo. Felizmente não é um jogo que vos entrega o próximo destino totalmente de mão beijada a cada passo, mesmo a sua história sendo linear (algumas secções no entanto são óbvias). Em alguns situações entram num espaço e têm de pesquisar pelas várias divisões por interações.
Há eventos únicos, que só acontecem se seguirem determinadas ordens de interação, o que dá um toque de sorte ao jogo se pretenderem obter 100% dos achivements que este tem na Steam. Alguns são bastante engraçados, mas obviamente preferia que não fosse o acaso a determinar isso.
Depois do primeiro capítulo, que se passa à superfície, entram num universo mais escuro, com imenso fogo e inimigos, onde já existe a capacidade de morrerem. Cinematicamente esta área está mais interessante, com muitos elementos negros, mais acessórios e práticas de cultos, num resultado final de atmosfera muito bom.
É aqui que entra também um elemento diferente do jogo, onde se utilizam as emoções humanas como arma em forma de orb, recolhendo-as pelo caminho de corpos humanos e atirando-as com uma fisga sobrenatural. Sim, ficou bastante estranho o jogo numa só frase, não foi? Estes sentimentos acabam por assumir uma forma natural bastante simples, como fogo ou electricidade, servindo para interagir com elementos que nos impedem de avançar na tarefa ou contra os inimigos, permitindo que passemos por eles. É possível matar os inimigos, mas não diretamente com as orbs de sentimentos (ok, isto não fica mesmo melhor, tentei).
Recebemos também máscaras especiais, pela nossa velha companheira, que nos permitem ver elementos especiais e interativos no mundo, proteger de gás nocivo e nas fases finais do jogo, inimigos invisíveis a olho nu. Se escolher a orb certa já não é fácil, juntem a variável máscara e percebem o que acontece…
A AI é um pouco burra, as mortes são quase instantâneas e os checkpoints mais distantes do que gostaria. Há alguns bugs no movimento dos inimigos que nos colocam numa posição de inevitável morte, o que é bastante frustante. Existe ainda a opção de te esconderes num cacifo, que funciona mesmo que te vejam executar isso. Não fossem esses erros e o jogo poderia ter um bom resultado como stealth game. Há alguns power-ups, mas poucos e pouco utilizados.
Um dos meus problemas com Unholy é a falsa sensação de que é um jogo de terror iminente. Sim, o cenário e a envolvência é sombrio, o tema também é um tanto ou quando arrepiante, mas acaba aí a situação. Não há propriamente bons sustos e a Dorothy passa demasiado tempo aflita, ao ponto de existir nas definições de áudio uma opção de desligar o arfar dela. Falando de Dorothy, há alguma falta de magia na personagem, que não nos cativa para o seu problema e mundo.
Conclusão
Unholy é um jogo de terror que começa muito bem e se vai esmorecendo e degradando com o tempo e connosco. Os gráficos iniciais são bastante convincentes e o tema está bem construído da primeira à última secção, mas o restante não acompanha tão bem. Mesmo com a introdução das orbs e máscaras, senti que nada é demasiado assustador e cada vez que um bug acontece, ficamos desamparados quando percebemos que temos de repetir secções grandes. Os controlos são um pouco estranhos, mesmo em computador e alguma lentidão associada ao lado stealth do jogo. A história acaba por não ter profundeza suficiente, mas se conseguirem progredir sem vos acontecerem muitos erros, é uma boa e desafiante aventura, mas que merecia ser polida.
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Notas finais:
Gameplay por Shuper’ Luu’ numa ZOTAC Magnus One (RTX 3060) com teclado Blitzwolf BW-KB1, rato Trust Redex e tapete Razer Gigantus V2 Medium.
Chave cedida por PressEngine.