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Testament: The Order of High Human

Introdução

Data de Lançamento: 13 de julho de 2023

Plataformas: Microsoft Windows

Desenvolvedor: Fairyship Games

Preço: 19.99 €

Descrição: Testament é um jogo de acção e aventura com elementos de RPG e Metroidvania no mundo fictício de Tessara. Depois do teu irmão Arva te trair, a loucura total instala-se no mundo e tu, como o rei dos High Humans, tens de talhar o caminho para salvar a situação.

Metodologia

Género: Acção, RPG, Aventura, Indie

Modo: Single Player

Condição de Vitória: Jogar durante 4 horas.

Gameplay Overview: O elemento principal do jogo e com que nos veremos mais vezes a batalhar é a espada e escudo, que nos permitem os movimentos mais básicos e só limitados pela stamina. Outras formas de derrotar inimigos e avançar na linha principal da história e nas side quests, são o arco e flecha e a magia (com um total de 15 tipos de feitiços). Este segundo grupo é limitado, um deles pelas fechas que temos e cujo inventário é algo limitado (máximo de 12) e a magia pelos cristais azuis que temos, também eles limitados a 4 e que não é possível guardar em quantidade superior em inventário. Tudo acontece em primeira pessoa e temos acesso a um modo de visão que revela todos os inimigos (tipo radar) e artigos que podemos recolher.

Gráficos & Som

Para compreenderem a dinâmica do jogo, fiquem com a nossa playlist do jogo:

Análise

Interface
O HUD é simples, com elementos muito básicos e que pouco contaminam a experiência. As informações mais importantes acabam por ficar centradas, como o nível de nada inimigo, a  sua vida atual e a sua “raiva” e foco em nós.

História
A narrativa do jogo acontece de forma muito estranha, porque confia no que o próprio Aran nos vai contando: sim, somos um ser imortal que fala sozinho. Os personagens externos vão aparecendo e enriquecendo a experiência, mas não ao nível do próprio personagem, o que deixa tudo muito sem sabor. Isto transforma o jogo numa espécie de tutorial longo em Tessara.

Realço neste capítulo que a equipa que desenvolveu o jogo, mesmo sendo pequena, teve o cuidado de localizar as legendas em várias linguas, mas alguns erros estão presentes, mesmo em inglês.

Jogabilidade
O jogo tenta oferecer muita coisa mas depois pouco oferece, chegando a existir uma árvore de habilidades que ao início nos entusiasma mas depois pouco sumo tem. A não existência de capacidade de nos mantermos em jogo utilizando feitiços e arco e flecha de forma mais abrangente é mesmo um grande ponto negativo, porque nos obriga a um modo de luta que não está construído de forma sólida.

É muito giro ter uma espada e um escudo, ter sistemas de bloqueio e dodge, mas isso não se materializa numa boa experiência de batalha, porque acabamos por recorrer ao mesmo padrão de combos entre os padrões básicos dos inimigos, sem exitir grande proveito no timing perfeito. Felizmente os developers estão atentos a isto e a procurar melhorar a experiência.

Os ataques furtivos adicionam alguma mudança, mas a resposta dos inimigos às situações não é fluida. Os bosses e os olhos negros são os momentos que acabam por nos desconectar mais do anda-mata-anda-mata.

Comunidade
No Steam têm 41 achievements disponíveis, que vão acontecendo com a progressão e vão acontecer naturalmente, mas também alguns desafios difíceis de conseguir e 3 deles ligados à dificuldade, o que vos obriga a repetir várias vezes o jogo.

Sensação de Recompensa
Tenho uma sensação mista neste tópico porque ao mesmo tempo que o jogo nos consegue dar muito prazer em certos momentos, como flechas certeiras e bons ataques, também nos consegue frustar com certos inimigos e dificuldade em os abater.

O que mais gostamos
O combate na primeira pessoa com a combinação de magia, consumíveis, arco, espada e escudo é super desafiante e com resultados incríveis.

O que menos gostamos
Algumas quedas de frames em certas partes e a constante convergência para o combate com espada e escudo, dado os extra recursos escassos.

O que o torna único
A cinemática é toda bastante única e no geral levam-nos para um mundo de fantasia bastante impressionante. Os elementos de plataforma vão ficando cada vez mais interessantes conforme o jogo avança.

Deves evitar se
Se procuramos um jogo nos permite seguir um método e nos focar dele, temos de evitar Testament, porque iremos passar 95% do jogo a lutar de espada. Não há espaço para magos ou arqueiros nesta aventura.

Género e jogos equivalentes
Enquadra-se nos géneros de RPG e fantasia como The Witcher 3: Wild Hunt e The Elder Scrolls Online.

Conclusão

Testament: The Order of High Human é um RPG na primeira pessoa num mundo de fantasia coeso e que procura nos oferecer uma experiência diferente. Como é um tipo de jogo menos habitual para mim, acabei por me divertir bastante, mesmo ficando irritado em alguns momentos com a jogabilidade e de andar sempre à paulada com os inimigos. Ser o personagem principal a nos apresentar quase tudo é algo que rompe bastante com a nossa vontade de progredir e não nos sentimos ligados à história. Infelizmente como não brilha em nenhum dos tipos de combate e nos limita bastante a experiência, Testament: The Order of High Human é um jogo que tem em si tudo para ser um Indie de grande sucesso, mas que fica ligeiramente aquém ponto após ponto e abre oportunidade a nos desiludir. Mesmo assim, acabo por o considerar um jogo sólido para o preço que pede e que aconselho jogarem se gostam do género.

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Notas finais:
Gameplay por Shuper’ Luu’ numa ZOTAC Magnus One (RTX 3060) com teclado Blitzwolf BW-KB1, rato Trust Redex e tapete Razer Gigantus V2 Medium.
Chave cedida por PressEngine.

Testament: The Order of High Human

19.99 EUR
7.6

História

7.0/10

Gráficos

8.0/10

Jogabilidade

7.0/10

Otimização

7.0/10

Longevidade

7.0/10

Cinemática

9.0/10

Música

8.0/10

Prós

  • Gráficos muito equilibrados
  • Opções de combate
  • A história é interessante mesmo sendo apresentada de forma estranha
  • Puzzles e desafios bem desenvolvidos
  • Bom grupo de achievements

Contras

  • Demasiado focado no combate com espada
  • Skill tree pouco explorada
  • Alguns erros na localização das legendas
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Luís Alves

Luís Alves

Cargo: Chief Executive Officer (CEO)
Naturalidade: Santa Maria da Feira

Sou o moda’a’foca original, um dos guru do modding e tecnologia em Portugal. Desde novo autodidata, sempre gostei de criar, inventar e inovar. Na base tecnológica gosto além do modding, de sistemas de refrigeração a água, hardware e um novo fascínio pela impressão 3D. Considero bastante importante a partilha de conteúdos e conhecimentos.

Desde Abril de 2014 podem também me encontrar na Rubrica PLUG da revista PCGuia todos os meses, a escrever sobre modding, refrigeração a água, pc build e overclocking.

Em Julho de 2017 fundei as Hashtag Dondoca, um projeto sobre saúde mental, agricultura, minimalismo e sustentabilidade, onde sou diretor artístico.

Atualmente no 5º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica na FEUP (especialização Automação), licenciado em Engenharia Mecânica pelo IPV. Trabalhei durante 6 anos como Engenheiro de Processo na área de semicondutores, para clientes no mercado automóvel e de consumo.