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O meu primeiro NFT

Aqui pelos moda’a’foca nunca fizemos as coisas de uma forma normal. Gostamos de explorar novos conceitos, mas sempre com uma visão muito própria das coisas. O nosso discord tem uma zona de mineração, há conta das minhas últimas aventuras na pandemia, mas ainda não tínhamos feito nada sobre NFTs. Este guia não servirá para vos explicar o que é um NFT, mas antes iniciar o nosso caminho conjunto, que espero depois documentar em vídeo ou podcast, neste mercado.

Em 2019 foi visitar a Madeira durante o verão e o Jardim Botânico Eng. Rui Vieira não podia faltar na lista de sítios a capturar. Estava com uma lente macro Minolta do cano amarelo emprestada (tão fixe que acabei por a comprar) e consegui umas fotos fantásticas, quer de plantas como de insetos. Numa delas, duas abelhas estavam a recolher néctar, uma delas já bem carregada de pólen e juro que a lente não estava a mais de 4 cm delas quando cliquei no disparo. Quem nos acompanha há alguns anos sabe que sou apicultor de 2ª linha (ajudo o meu pai quando possível) desde muito pequeno.

Acho que quando pensei em fazer um NFT a minha primeira ideia sempre foi uma fotografia. Penso que nem demorei muito a decidir que devia ser esta em particular, nem o formato seguinte que queria dar ao projeto, com o nome, para já, de Be(e) the change.

Este projeto terá dois principais objetivos:

  • Os lucros serão doados a 2 entidades importantes e que fazem todo o sentido: uma delas o próprio Jardim Botânico e a outra a Aamps (Associação de Apicultores da Madeira e Porto Santo), que com uma breve pesquisa perceberão as dificuldades que tem passado nos últimos anos e agravadas pela pandemia (exemplo);
  • Perceber se os NFTs, enquanto forma de arte digital, conseguem ser uma ferramenta de solidariedade e apoio de causas.

Tamanho da coleção

Serão 50 peças iguais, possíveis de revender, com o custo unitário de 20 MATIC (uma pequena brincadeira com a velocidade máxima de uma abelha, 20 mph = 20 Matic por hora).

O valor é relativamente baixo para a maioria dos NFTs que encontram no mercado, mas o principal objetivo é mesmo conseguir apoiar as causas certas e conseguir repetir esta aventura no futuro.

Divisão dos valores:

  • 45% para o Jardim Botânico Eng. Rui Vieira;
  • 45% para a Aamps (Associação de Apicultores da Madeira e Porto Santo);
  • 10 % serão reinvestidos com base nas vendas em marketing para ajudar a garantir a venda de todos os exemplares.

A taxa de revenda/royalties será de 5%, permitindo continuar a ajudar as duas entidades.

Como não faz qualquer sentido um projeto com estes objetivos se apoiar em algo com impacto ecológico negativo, foi escolhido o formato de Lazy Minting, que só regista na rede as peças vendidas. Andei durante uns tempos a fugir ao Ethereum, dado o seu formato atual por ser Proof-of-Work, e logo isso limita bastante o nº de opções.

A plataforma escolhida foi o Rarible e irei até utilizar a rede Polygon, que abriu em formato BETA na última semana. O perfil está criado e em breve devo conseguir submeter a verificação. A escolha por Polygon vem por dois motivos: tem MetaMask, por isso não preciso nem eu de criar uma nova conta noutra wallet, nem quem compra.

A venda do NFT arranca na terça-feira, dia 29 de março, dia de aniversário de Rui Vieira, Engenheiro Agrónomo e Político que dá nome ao Jardim Botânico. Idealmente todas as peças serão vendidas até dia 20 de maio, em que se celebra o dia mundial da abelha (conto convosco nesta parte).

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Luís Alves

Luís Alves

Cargo: Chief Executive Officer (CEO)
Naturalidade: Santa Maria da Feira

Sou o moda’a’foca original, um dos guru do modding e tecnologia em Portugal. Desde novo autodidata, sempre gostei de criar, inventar e inovar. Na base tecnológica gosto além do modding, de sistemas de refrigeração a água, hardware e um novo fascínio pela impressão 3D. Considero bastante importante a partilha de conteúdos e conhecimentos.

Desde Abril de 2014 podem também me encontrar na Rubrica PLUG da revista PCGuia todos os meses, a escrever sobre modding, refrigeração a água, pc build e overclocking.

Em Julho de 2017 fundei as Hashtag Dondoca, um projeto sobre saúde mental, agricultura, minimalismo e sustentabilidade, onde sou diretor artístico.

Atualmente no 5º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica na FEUP (especialização Automação), licenciado em Engenharia Mecânica pelo IPV. Trabalhei durante 6 anos como Engenheiro de Processo na área de semicondutores, para clientes no mercado automóvel e de consumo.