Summertime Madness
Introdução
Data de lançamento: 17 de junho de 2021
Plataformas: PC, MAC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch
Desenvolvedor: DP Games
Editora: DP Games, aNc Studios
Preço: 7,39€ na Steam
Descrição: A cidade de Praga, devastada pela guerra é um lugar sombrio. Um pintor depressivo, escondido num sótão, pinta belas pinturas de paisagens como forma de escapismo face ao que se encontra no exterior. Uma noite, um homem misterioso, cativado pela sua arte, faz-lhe uma proposta: seis horas dentro de uma das suas criações, longe da guerra, mas se não regressar antes da meia-noite, solucionando uma variedade de puzzles, arrisca-se a perder a sua alma dentro da sua criação.
Metodologia
Género: Aventura, Indie e Puzzles
Modo: Single-Player
Condição de vitória: Solucionar todos os puzzles
Gameplay Overview: Atravessa as belas paisagens e cenários, resolve os puzzles para salvar a tua alma, mas não com demasiada pressa. Aprecia o que te rodeia.
Análise
Summertime Madness prendeu a minha atenção desde o primeiro momento. O jogo brilha nos aspetos artísticos, com fantásticos cenários e bela música, puxando obvia inspiração de artistas como Van Gogh. O jogo usa com mestria estes aspetos artísticos para incutir emoções no jogador de nível para nível, inspirando-se em peças de arte de fácil reconhecimento. Mesmo para quem não percebe muito sobre o assunto, consegue olhar para aspetos do jogo e pensar “Hey, eu sei onde foram buscar isto!”, como por exemplo, o visualmente e intricado labirinto de escadarias em Relativity, de M.C. Escher ou o homem com o chapéu de coco em Le fils de l’homme, de René Magritte.
Figura 1 – Puzzle inspirado em “Relativity” de M. C. Escher
Para conduzir o jogador para tais emoções, o jogo também usa com alguma frequência, e efetivamente, jogos de escala com forte impacto a la Denis Villeneuve.
Figura 2 – Cenário de puzzle com uma estátua colossal no centro da sala
Outro lado de onde este jogo obtém alguma inspiração é de jogos populares como The Witness, do qual não sou particular fã, mas Summertime Madness adota em parte o estilo, melhorando em alguns aspetos, pois apresenta as suas ideias de forma menos maçadora. Mas, infelizmente, também é pior em certos aspetos, já que os puzzles são de dificuldade relativamente baixa, sendo que alguns destes são óbvios, lineares ou pouco inovadores.
E agora levando esta análise mais para a minha experiência, posso, com toda a certeza, dizer que o jogo não foi feito a pensar nos jogadores de consola. É um jogo para PC adaptado e sentem-se os controlos duros, em que nenhuma sensibilidade parece correta, o que é pouco satisfatório e faz com que o movimento não seja muito fluido.
Em suma, nota-se que os criadores dos jogos priorizaram o estilo, o que deixou muito a desejar a nível de puzzles e enigmas, parecendo em certos pontos repetitivo e, às vezes, a dificuldade do jogo consiste em percorrer corredores longos. Por outro lado, é uma experiência visualmente e auditivamente rica e agradável nos sentidos.