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Nova vaga de COVID-19 faz renascer mercado negro de certificados de vacinação e testagem falsos

Com a nova vaga de COVID-19 a dark net vê não só o número de tentativas de venda de documentos falsos aumentarem como os preços subirem 6 vezes, muito motivado pela disponibilidade baixa de testes para a procura.

Nota de Imprensa

“Está em Portugal? Encomende o certificado de vacinação”: Nova vaga de COVID-19 faz renascer mercado negro de certificados de vacinação e testagem falsos 

  • Preço de documentos falsos relacionados com a COVID-19 aumenta 600% na dark net, avança a Check Point Research
  • Grupo de golpistas em inatividade desde outubro de 2021 volta à superfície para tirar partido da pouca disponibilidade de testes face a grande procura

Lisboa, Portugal, 14 de janeiro de 2022 – A Check Point Research, área de Threat Intelligence da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), fornecedor líder de soluções de segurança a nível global, alerta para o ressurgimento de testes contrafeitos e certificados falsos de vacinação. A nova vaga de infeções impulsionada pela variante Omicron da COVID-19 tem sido instrumentalizada por vendedores de certificados falsificados que, nas últimas semanas, à medida que muitos países reforçam as medidas de contenção da pandemia, aumentaram a sua atividade. A CPR partilha um exemplo real de um grupo de Telegram onde utilizadores portugueses são incentivados a encomendar a vacina.

A União Europeia tem em vigor, desde julho de 2021, o passaporte COVID-19. No mesmo sentido, as viagens internacionais tornaram-se uma vez mais altamente dependentes do esquema vacinal e do certificado de testagem, com países de todo o mundo a implementar de novo maiores restrições à circulação. Há países, como é o caso da Áustria e Alemanha, em que mesmo tendo as duas doses da vacina é necessário apresentar teste PCR/Antigénio negativo.

A alta transmissibilidade e rápida disseminação da variante Omicron, em conjunto com as dificuldades em satisfazer a procura por testes à COVID-19, criaram uma nova lacuna no mercado que está a ser utilizada para lucrar. De acordo com a Check Point Research (CPR), há pelo menos um grupo fraudulento que voltou à atividade depois de um período de silencio em Outubro de 2021 que, por sua vez, se seguiu ao aproveitamento da variante Delta. Os potenciais clientes tanto podem ser pessoas que testaram positivo à doença, como pessoas que se recusam a fazer teste ou a tomar a vacina. Para estas pessoas, a alternativa é, muitas vezes, iniciar uma busca pela Internet. Entre as vítimas, podem constar ainda utilizadores inocentes que acabam por ser atraídos para domínios fraudulentos ou suspeitos, enquanto procuram orientação e conselhos genuínos.

A CPR partilha ainda um exemplo real de um grupo de Telegram chamado “Certificado de vacina covid-19 Portugal” onde os quase 800 subscritores são incentivados a fazer a compra ilícita de um certificado de vacinação que o anunciante descreve como “100% autêntico”. Lê-se ainda: “Podem ser utilizados no trabalho, escola, espaços públicos e para viajar”.

Fig.1 Grupo de venda de certificados falsos de vacinação e testagem regressa à atividade após um período de inatividade

Fig.2 Num grupo de Telegram chamado “Certificado de Vacina COVID-19 Portugal”, pode ler-se: “Evite a vacina. Está em Portugal? Encomende o seu certificado de vacinação hoje e mantenha-se longe da vacina tóxica”

A CPR dá nota de um aumento dramático das quantias monetárias transacionadas em troca de um certificado de vacinação ou de testagem falsificados. Pouco depois da apresentação dos certificados de vacinação em 2021, testes PCR e antigénio contrafeitos podiam ser adquiridos por 75 a 100 dólares. No mais recente ressurgimento do mercado negro, estes mesmos documentos estão à venda por 200 a 600 dólares, o que representa o crescimento de até 600%.

Liad Mizrachi, Security Expert da Check Point Software, comenta: “Sem um sistema centralizado de certificação de testes e vacinas, é muito fácil para os golpistas explorarem a situação atual em seu benefício. É certamente o que estamos a ver aqui, com alguns grupos fraudulentos que têm estado adormecidos durante meses a ressurgir para colherem o que podem da mudança do cenário pandémico. Em todo o mundo, estamos a ver os países a apertar as suas restrições e a pedir aos cidadãos para apresentarem testes negativos ou certificados de vacinação antes de entrar em locais com muitas pessoas. Também as viagens internacionais ficaram mais complicadas, com o surgimento de mais casos. Isto, em combinação com os problemas em fornecer os kits para testes adequados à procura e a hesitação face a vacina, criou a tempestade perfeita para os golpistas. Estão uma vez mais a operar com confiança, como podemos ver pelo aumento dramático dos preços na dark net. Os governos tem de se reunir rapidamente para combater o mais recente crescimento do mercado negro, caso não o façam, o risco do número de documentos falsificados aumentar nas próximas semanas e meses é muito alto.”

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Luís Alves

Luís Alves

Cargo: Chief Executive Officer (CEO)
Naturalidade: Santa Maria da Feira

Sou o moda’a’foca original, um dos guru do modding e tecnologia em Portugal. Desde novo autodidata, sempre gostei de criar, inventar e inovar. Na base tecnológica gosto além do modding, de sistemas de refrigeração a água, hardware e um novo fascínio pela impressão 3D. Considero bastante importante a partilha de conteúdos e conhecimentos.

Desde Abril de 2014 podem também me encontrar na Rubrica PLUG da revista PCGuia todos os meses, a escrever sobre modding, refrigeração a água, pc build e overclocking.

Em Julho de 2017 fundei as Hashtag Dondoca, um projeto sobre saúde mental, agricultura, minimalismo e sustentabilidade, onde sou diretor artístico.

Atualmente no 5º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica na FEUP (especialização Automação), licenciado em Engenharia Mecânica pelo IPV. Trabalhei durante 6 anos como Engenheiro de Processo na área de semicondutores, para clientes no mercado automóvel e de consumo.