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Death Stranding

Death Stranding conseguiu, estranhamente, prender-me à Playstation por umas boas horas seguidas. Até hoje apenas League of Legends ou as Sagas de jogos de Pokemon conseguiram prender-me durante tantas horas seguidas sem me lembrar do que está a minha volta.

Gameplay e narrativa

Mas por onde posso começar? Hideo Kojima apresenta o seu jogo como um novo género, algo totalmente novo! Posso concordar com o mesmo, mas diria que é mais uma integração de vários géneros, em termos de gameplay, mas com um conceito inovador. Não consigo definir o jogo, é demasiado complexo para haver uma definição, numa explosão de criatividade de um produtor que já tinha provas dadas na indústria. A Narrativa não é fácil de entender e ainda nem sei se entendi o que estava a ser transmitido ou se apenas interpretei à minha maneira.

Alguma vez pensaram que a pessoa que vos leva as encomendas a casa depois de uma compra online poderia ser protagonista de um videojogo e ser idolatrado por todos? Pois é esse o início do conceito deste jogo. Alguém que percorre o mundo dos vivos enquanto tenta fugir dos mortos, nos Estados Unidos da América pós-apocalíptico, para entregar materiais, alimentos, ou até mesmo noticias de entes queridos a outros.

Mecânicas do jogo

Os mortos, ou BTs como designados no jogo, são o principal motivo do mundo partido e afastado em que Sam Bridges vive, e se eles devorarem um vivo, pois bem, estamos perante uma catástrofe que consegue criar uma gigante cratera no mundo (conseguem imaginar o que acontece se isto for perto de uma cidade não conseguem?). A História centra-se nisso mesmo, um mundo desligado que Sam Bridges, a pedido da presidência dos USA e da companhia Bridges, terá que reconectar. Esta reconexão é a base para se superar a situação apocalíptica vivida no mundo de Death Stranding. E com isto tenho que referir uma mecânica que achei interessante, se jogarmos com ligação à Internet pudemos usufruir do que outros jogadores já construíram e assim facilitar a nossa vida, e também de alguém quando formos nós a construir algo.

O jogo possuiu ainda outra mecânica interessante. Como todos os jogos de ação e aventura existem pontos de experiência que nos permite subir de nível e adquirir habilidades. Apesar de, neste jogo, as habilidades serem intrínsecas às evoluções que obtemos durante as nossas entregas, os pontos de experiência são chamados de “Likes”, um pouco irónico para um jogo com mecânicas sociais como já referi, ou será propositado? Deixo a vosso critério. Sendo um jogo principalmente de ação e aventura também existem algumas armas. Estas armas podem ser usadas contra os BTs, para evitar criarmos uma cratera, ou contra mercenários espalhados pelo mundo (claro que num mundo pós-apocalíptico ainda existem pessoas mercenárias).

Gráficos

Graficamente o único defeito que aponto é para as físicas dos cabelos. Desculpem-me, mas para uma experiência tão cinematográfica que parece retirada de um cinema ou de uma plataforma de streaming, onde temos a hipótese de sermos nós a criar o guião e o rumo deste filme, os cabelos dos atores deveriam estar melhores! Sim e quando digo atores refiro-me aos personagens, pois estes foram interpretados por atores e cineastas reais como Norman Reedus ou Guillermo del Toro. Bem otimizado e desenhado, a equipa de produção e otimização esteve em pleno com na sua prestação.

Veredicto

Em suma o jogo poderá ser interpretado como espetacular, ou como horrível. Na minha opinião a maioria dos apreciadores de videojogos vai adorar o jogo por ser diferente e por ser uma lufada de ar fresco para a indústria, que está um pouco saturada de jogos do mesmo estilo!

Death Stranding

Consultar link
9.7

História

10.0/10

Gráficos

9.5/10

Jogabilidade

9.5/10

Optimização

10.0/10

Longevidade

9.5/10

Cinemática

10.0/10

Música

9.5/10

Prós

  • Narrativa intensa e Gameplay em concordância
  • Sistema de combate variado e fluido
  • Ambiente de jogo muito detalhado e interessante

Contras

  • Pequenas imperfeições visuais
  • Menu de Objetivos por vezes não é claro
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Paulo Castro

Paulo Castro

Cargo: Game Review Specialist (Consoles)
Naturalidade: Vila do Conde
Licenciado em Engenharia Mecânica pelo ISEP e com Grau de Mestre em Engenharia Mecânica, com especialização em Automação, na FEUP. Gosto de aprender coisas novas e por essa razão estou sempre à procura de algo novo para fazer. Tendo a oportunidade de adquirir uma impressora 3D não hesitei e desde então tenho explorado tudo este novo mundo.