Shazam!
Um gajo velhinho anda há uns anos à procura de alguém para quem transferir os poderes. Lá encontra um puto meio rufia e a coisa dá-se. E é isto. Ou será? De facto, é muito, muito mais. Não sou o maior fã de filmes da DC, aliás, sinto-me a trair a Marvel sempre que adquiro um bilhete para mais uma película. Ainda assim, os mais recentes filmes do DC Extended Universe têm-me vindo a espicaçar a curiosidade e a mudar a minha perspectiva errónea perante esta dimensão de super heróis.
Dois miúdos com infâncias complicadas encontram-se em alturas bem distintas da sua vida. Beeeeem distintas. E enfrentam-se por casualidade do destino. O primeiro, coitado, teve o infortúnio de nascer numa família rica mas que sempre o tratou de forma menos digna. Já o segundo, teve o azar de a vida lhe ter pregado uma grande partida bem cedo para, mais tarde, lhe dar o melhor do mundo. Um excelente filme de comédia e um aceitável filme de super heróis, com algumas modalidades encaixadas pelo meio, não despropositadas de todo. É certo que muitas das situações se revelaram previsíveis, mas acaba por fazer parte desta vida de quem vê filmes e existe em geral. Não adorei o contexto inicial em que explicam o background do vilão, nem achei que a história de infância do Billy tivesse sido muito bem construída, mas o conjunto e a forma orgânica como articularam todos os elementos da história, confere uma unidade irrevogável à história.
Afinal de contas, o Marco Paulo afirmava em plenos pulmões que tinha dois amores, não era? Eu também posso considerar a hipótese de ter mais um…